sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Machadinho desgostoso

Machadinho está inconsolável. Não vê mais razões para ter esperanças. O feitiço virou contra o feiticeiro. O duro golpe em quem queria dar o golpe. "O judiciário está corrompido, ultrapassado, míope", atesta. O mesmo judiciário que ele tanto bajulou, há alguns anos, quando o meritíssimo Barbosa se postou na vitrina da mídia. O que favorece aos olhos de Machadinho merece destaque. 
Solitário na imbecilidade, recorrer a escrever uma ou outra bobagem no espaço que lhe dão. Encontrou uma lacuna. Que virou coluna. Manda, isso mesmo, manda a presidenta abandonar o país. E, cretinamente, diz que "2016 já acabou, que já é pior que 2015". Quem Machadinho pensa que é? Ele imagina que o meu país é o curralzinho dele? Que a democracia deve se desintegrar ao bel prazer, aos caprichos daquele que ele venera? A minha democracia não se desmanchará feito o pó que teu ídolo aspira.
Machadinho se apega a versículos bíblicos para parecer religioso. E sua conduta preconceituosa o desmascara dos princípios cristãos. Contradiz-se. Porque Machadinho separa o joio do trigo. O superior do que considera inferior. Debruça-se com piadinhas de mau gosto para agradar o que está no topo. Vocifera com ódio e desdém aos que estão, hipoteticamente, abaixo da escala dele.
Machadinho sente-se o rei do balcão. Escuta, mas não ouve. Julga com ideias preconcebidas. Por muitas vezes Machadinho admitiu que teve vontade de esganar o casal que tentava definir o divórcio. Por muitas vezes disse que "toda a discussão era coisa de pobre". Que gostaria de "tirar a criança do pai e da mãe". Machadinho ceifa a justiça. Machadinho ceifa o que não lhe apetece. Machadinho quer golpear. Mas seus golpes são ínfimos, fracos, inúteis.

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