O silêncio em nada representa omissão. É silêncio. É olhar a partir da própria quietude, controlada para não virar explosão de palavras ditas e escritas. É notar o quanto a polêmica em nada é exclusividade de quem magnetiza desafetos. Opinar causa estragos. Opinar não o estraga. Opinar com despreparados é intragável. Absorver aridez alheia é polemizar com a própria sanidade.
A palavra interrompida, a escrita amarrada e apenas o olhar atento desferem contra o revés de perceber opositores fantasiados de aliados. Que o chamam para conversar. Nunca para participar. O grau de qualidade de quem opina, pensa, interpreta e não mede letras é avaliado pelo quanto vale até não incomodar.
Que o silêncio, a reclusão e a observância ensinem a ser menos tolo.
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